terça-feira, 7 de setembro de 2010

Carta enviada ao Presidente da Câmara de Monchique, ao Comandante dos Bombeiros, entre outros

e-mails utilizados:
Para:
geral@cm-monchique.pt; presidente@cm-monchique.pt
; espada@cm-monchique.pt; susana.vila@cm-monchique.pt; tania.candeias@cm-monchique.pt; ahbvm@clix.pt
Bcc: campanhas@animal.org.pt


Exm.º Senhor Presidente da Câmara Municipal de Monchique
Exmo. Senhor Comandante dos Bombeiros Voluntários de Monchique,

Aproveito para me declarar como membro activo e fundador do movimento especificamente contra a Tourada em Monchique. Nesta perspectiva, desaparecem as ideias de que esta reclamação é feita por algumas pessoas anónimas que não querem mostrar a cara. No entanto, não sou líder deste movimento, todas as pessoas têm a sua própria opinião, que poderão exprimir na hora da Manifestação Pacífica programada para Domingo dia 12 às 15h, no caso de a Tourada ir para a frente.

Sou seguidor de inúmeras Associações de Direitos Animais e penso alguns dos destinatários deste e-mail também o são. Há inclusive um que está a ler isto que é membro da Associação "A Nossa Terra", com quem tive algumas conversas bastante interessantes, antes do seu actual cargo na Câmara.

Neste sentido sou MAIS UM a apelar para o bom senso dos nosso dirigentes políticos, utilizando as palavras sábias da Associação "A Animal":

Foi com profunda indignação que tomei conhecimento da “1.ª Tourada de Monchique”, e de como esta é apelidada de beneficente.

A tauromaquia é uma actividade bárbara, que em nada beneficia os animais que nela são intervenientes, e que envergonha Portugal, um país que continua a ser refém das constantes tentativas da indústria tauromáquica para manter o país na Idade Média no que se refere à maneira como os animais são aqui vistos e tratados. Só num país por civilizar e por desenvolver é que se admite que animais sejam perseguidos, torturados e mutilados em nome do entretenimento. Só numa sociedade fechada e obtusa é que se aceita o perigoso pretexto da tradição como razão para tudo – incluindo para o que é péssimo, cruel e sanguinário. E, só num país parado no tempo, se pode admitir que sejam torturados animais, e que se lhe chame beneficência.

Portugal já não é assim e a maioria absoluta da sociedade portuguesa afirma-se, hoje, contrária aos valores invertidos da obscena cultura de violência que a tauromaquia representa. Monchique deve continuar a evoluir no sentido positivo - como aliás, tem feito – e, deve sim, ajudar os seus "Soldados da Paz", apoiando iniciativas de angariação de fundos que não impliquem o sofrimento de ninguém

Os portugueses querem que Portugal seja um país evoluído e progressista onde os animais são bem tratados, são protegidos e são respeitados. Eu conto-me, da forma mais convicta que me é possível, entre esses portugueses e repudio absolutamente iniciativas como a que V. Exas. pretendem levar a cabo em Monchique, e que fazem com que o desenvolvimento social, cultural e moral de Portugal fique atrasado e seja impedido por exercícios de incivilidade..

Peço a V. Exas. que, tendo em conta o acima exposto, se dignem proceder a diligências no sentido de cancelar a referida tourada. Relembro a V. Exa. as palavras do Dr. Defensor Moura, deputado à Assembleia da República e ex. autarca da cidade de Viana do Castelo, aquando da sua corajosa declaração de Viana do Castelo como 1.ª “Cidade Anti-Touradas” de Portugal: “Esta foi a medida mais popular que alguma vez tomámos em Viana do Castelo. Tenho recebido cartas e mensagens de felicitação de todas as partes do mundo.”

Até agora as nossas perguntas foram ignoradas, apenas uma entrevistas a alguns jornais foram feitos para apaziguar os possíveis visitantes de Feira do Presunto. Ainda não foram dadas justificações de tal decisão ao Povo de Monchique

Esta carta será publicada no meu blogue http://gratomonchique.blogspot.com/, onde são todos convidados a comentar!

Com a certeza de que V. Exas. reverão a V. posição e tomarão a decisão mais justa e acertada, despeço-me,

Com os melhores cumprimentos,

Jeremy Walton
Residente em Monchique desde 1984

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